Estamos em maio, o mês das noivas, e passando pela praia de São Francisco, em São Sebastião, na última segunda 2, presenciei uma linda cerimônia de casamento.
Durante oito anos trabalhei no mercado de eventos. Sempre soube de sua enorme importância, mas com a pandemia todos puderam de fato perceber como a não realização deles impacta a economia e deixa tantos trabalhadores sem vagas.
Precisamos fazer valer sua importância. E investir para que todos os empregos, diretos e indiretos, sejam preservados e reconhecidos. Além de gerarmos ainda mais vagas e garantirmos que este mercado tenha desenvolvimento pleno sempre.
Nós brasileiros convivemos com uma presença enorme de impostos, uma realidade revoltante. Convivemos também com uma intensa sensação de corrupção e ineficiência. Esse descontentamento é muito sério, pois impede nosso desenvolvimento econômico.
Este mercado não tem regulamentação definida. O CNAE de produtor de eventos exige mais pagamento de impostos do que um cadastro de outra área que também pode promover um evento.
Se formos realizar uma feira ou convenção é necessário a emissão de alvará, mesmo que estas ocorram em um local já com alvará, ou seja, uma taxação dobrada. Enquanto eventos sociais, mesmo com bastante público, não têm essa exigência. A mesma discrepância de regras acontece na questão do registro de freelancers.
A falta de regulamentação acarreta na ausência de linhas de créditos, de profissionalização, de programas especiais etc. Porque não sabemos ao certo o tamanho deste mercado e o quanto ele representa na economia.
Infelizmente, ainda não há regulamentação por causa do excesso de burocracia e da enorme carga tributária. É preciso deixar claro que regulamentação não é cobrar impostos. Mas, organizar e facilitar as atividades do setor para que possamos promover políticas públicas de incentivo e valorizar seus profissionais.
Estarei sempre na luta para o fortalecimento deste setor tão importante que gera emprego, renda e dignidade para milhares de profissionais.